Quarta, 11 de julho de 2007, cerca de 9 horas. Agência do Banco do Brasil na Conselheiro Furtado. Dois clientes, um homem e uma mulher, fazem saques numa máquina e não recebem o dinheiro, embora o saque fosse debitado. Durante cerca de uma hora esperam que alguém do banco tome alguma providência. O homem esbraveja, os seguranças tomam posição ameaçadora. Alguém aparece, manda os dois telefonarem para a ouvidoria do banco, prometendo que “quando fosse feita a verificação do caixa eletrônico” seria devolvido o dinheiro. O homem esbraveja mais ainda, o funcionário dá-lhe as costas e se refugia atrás das portas de vidro. Os dois clientes saem para telefonar (da agência, nem pensar, embora o telefonema seja gratuito). Duas horas depois, a máquina continua lá, com o dinheiro preso, sem nenhum aviso para os clientes que chegam e tentam fazer saques.
O dinheiro foi devolvido, por estorno em conta, dois dias depois, me disse a mulher.
Pergunta-se: quanto o banco cobraria por dois dias de permanência indevida com o dinheiro? e pergunte ainda se o banco pediu desculpas, se procurou avisar outros clientes, se pelo menos mantém as máquinas funcionando bem?
A resposta, você já conhece.
Há alguns meses atrás, uma amiga minha foi sacar dinheiro numa sexta-feira. O banco era outro, era o HSBC. O cartão estava bloqueado. Ela ligou para o serviço de atendimento do banco, e durante todo o dia passou de um telefone para outro. Não conseguiu nada.
Na segunda-feira foi à agência. Explicaram-lhe que o bloqueio acontecera porque o banco decidira substituir os cartões dos clientes – mas se esquecera de avisar, como sequer pediu desculpas pelo transtorno.
O cartão novo chegou no meio da semana. Mas aí ela já tinha encerrado a conta, de pura raiva.
Porque os serviços bancários no Pará são tão ruins, tão agressivos com os clientes? Ou será que são assim no Brasil inteiro?
sábado, 14 de julho de 2007
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Saiu no Diário Oficial
De 11 de maio passado, extrato de contrato com inexigibilidade de licitação, entre a Fundação Carlos Gomes e duas pessoas que receberam, cada uma, mil reais por cinco dias de trabalho na função de “virador de página” no concurso internacional de canto “Helena Coelho Cardoso”.
A bem da verdade, diga-se que as pessoas que exercem esta função devem ser músicos com uma qualificação especial, que é a de ouvir o canto e ler a partitura ao mesmo tempo. Mas eu conheci Helena Cardoso: ela deve ter virado no túmulo ao testemunhar o rebaixamento, no Diário Oficial, de um especialista em notação musical para “virador de página”...
De 28 de junho passado, portaria da Presidente da Companhia Paraense de Turismo, em que ela “DECIDE notificar a EMBRATUR para que tome as providências legais cabíveis” (sic!) numa sindicância realizada pelo órgão.
Resta saber se a Embratur aceitará ser notificada nesses termos.
A bem da verdade, diga-se que as pessoas que exercem esta função devem ser músicos com uma qualificação especial, que é a de ouvir o canto e ler a partitura ao mesmo tempo. Mas eu conheci Helena Cardoso: ela deve ter virado no túmulo ao testemunhar o rebaixamento, no Diário Oficial, de um especialista em notação musical para “virador de página”...
De 28 de junho passado, portaria da Presidente da Companhia Paraense de Turismo, em que ela “DECIDE notificar a EMBRATUR para que tome as providências legais cabíveis” (sic!) numa sindicância realizada pelo órgão.
Resta saber se a Embratur aceitará ser notificada nesses termos.
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