Ainda o Plano Plurianual – PPA. Um programa, no valor total de R$12,2 milhões, chama-se “Atendimento de Ações Emergenciais”. Nele, há três atividades: “Apoio às organizações sociais”, “Implementação de Ações de Assistência Emergencial” e “Implantação do Sistema de Cadastro Único dos Usuários”.
É curioso um sistema de cadastro único de usuários (de que, por sinal?) estar num programa de ações emergenciais. Se for para cadastrar todas as pessoas que se prevê receberem assistência emergencial, seria um cadastro de assistidos, não de usuários. Se for um cadastro de usuários do serviço público, é impossível de fazer. Fico sem saber a que se destina e porque esse cadastro está como uma ação de emergência. Eu, e toda a população do Pará.
Há uma outra, digamos, curiosidade nessas ações. Para Belém, as ações de assistência emergencial prevêem o gasto anual de R$497.217,00, para atender 946 pessoas. Nem mil, nem novecentas. Dividindo o recurso pelo número de pessoas previstas, o resultado é este incrível valor: R$525,5993657505285412262156448203 por pessoa. Ou seja, a conta não foi feita pelo custo médio. Ainda não consegui encontrar uma explicação que não seja o nosso velho conhecido chutômetro. Aí dá certo.
Que avaliação cara!
É uma atividade necessária, nem se discute. Avaliar o impacto dos investimentos feitos em ciência e tecnologia é importante até para direcionar os investimentos seguintes. Mas aplicar mais de 150 mil reais por ano, totalizando R$634.180,00 nos quatro do PPA – é uma avaliação cara demais. Resta saber quem é que vai fazer isso...
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário